Isabella Blow será duplamente lembrada nos próximos meses, quando forem lançados dois livros sobre a influente stylist e editora de moda inglesa que se tornou famosa pela sua excêntrica colecção de chapéus e o seu olhar privilegiado sobre a moda. O primeiro título, a biografia “Blow by Blow” assinada por Detmar Blow, viúvo de Isabella, e Tom Sykes, revela o lado pessoal e bastante tumultuado da editora, desde a sua infância, marcada pela morte do seu irmão de dois anos, até ao seu suicídio, aos 48 anos. Na obra, Detmar Blow relembra o momento em que se conheceram, no casamento de um amigo comum, em Salisbury. “Não conseguia deixar de olhar para ela. Depois da cerimónia, esperei por uma oportunidade para lhe falar e ficámos imediatamente ligados. Apesar da brevidade do nosso encontro, eu sabia que me tinha apaixonado por ela”. Detmar fala também da afinidade de Isabella Blow com o conceituado designer de chapéus Philip Treacy, cuja carreira ajudou a lançar. “Em Philip Treacy ela encontrou não só o criador do seu chapéu de casamento, como o seu melhor amigo e a maior descoberta da sua carreira”. “Blow by Blow” será lançado no próximo dia 2 de Setembro.
O segundo livro, intitulado simplesmente “Isabella Blow”, promete ser um pouco mais ligeiro: Martina Rink, assistente de Isabella Blow, reúne cartas de amigos de Isabella relembrando a editora, entre eles Mario Testino e Manolo Blahnik. O prefácio é assinado por Philip Treacy e o título conta também com uma transcrição do discurso de Anna Wintour no funeral de Blow.
Ícone da moda britânica e musa de vários designers, Isabella Blow (1959-2007) projectou a sua excentricidade, sensibilidade punk e olhar singular em diversas pessoas. Com uma capacidade especial para captar a sensibilidade dos jovens talentos, Isabella Blow teve um papel fundamental na descoberta e progresso das carreiras de designers como Alexander McQueen, Stella Tennant e Philip Treacy.
Isabella Blow iniciou a sua carreira no início da década de 1980, como assistente de Anna Wintour na Vogue USA. Depois do marcante trabalho para a Conde Nast e com um savoir faire ímpar, foi nomeada directora de moda do The Sunday Time. Colaborou também com as revistas Visionaire e The Face e foi consultora das marcas DuPont Lycra, Lacoste e Swarovski. Por último, partilhou a direcção da revista Tatler com Geordie Greig.
É de consenso geral que Isabella Blow era um exemplo de força, uma pessoa corajosa com gostos excêntricos, com um olhar conhecedor e perspicaz, um enorme talento, um coração caloroso e um gosto especial pela vida. Como o seu marido Detmar Blow afirmou “era uma mulher bonita, corajosa, incansável e intelectual”.
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