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sábado, 12 de março de 2011

LARA TORRES | LAB


COLECÇÃO INVERNO 2012

EM CONVERSA COM LARA TORRES

Daily ModaLisboa - Qual a importância da ModaLisboa para a divulgação e desenvolvimento do trabalho dos Criadores de Moda Portugueses, ao longo dos últimos 20 anos?

Lara Torres - A ModaLisboa é muito importante porque há 20 anos que mostra o trabalho dos criadores de moda portugueses e permite a sua divulgação nacional e internacional através da imprensa portuguesa e estrangeira. Gostaria de salientar também a existência de plataformas como o LAB que têm permitido a revelação na ModaLisboa de novos criadores nacionais bem como a apresentação de projectos com uma abordagem experimental no campo do design de moda nacional.


- De todas as edições da ModaLisboa em que participou, destaque:

- A edição mais memorável?

A 30ª edição, porque foi nesta que apresentei o projecto Mimesis, do qual fazia parte a exposição Fac-simile e a performance feita em colaboração com o artista Miguel Bonneville. Esta apresentação permitiu-me, pela primeira vez, trabalhar com uma série de recursos muito pouco ortodoxos no contexto da apresentação de Moda e possibilitou-me desenvolver uma nova abordagem relativamente ao meu projecto e também a forma como encaro a sua apresentação pública.

- O melhor tema?
Black, foi um tema que esteve completamente em sintonia com a colecção que apresentei nessa estação, o que permitiu que o resultado final da apresentação fosse absolutamente perfeito!

- O melhor local?
Museu da Electricidade, porque o espaço era muito bonito e adoro a forma como abria múltiplas possibilidades de apresentação.

- A melhor passerelle?
Para mim é uma pergunta difícil porque, como se pode constatar pelas minhas apresentações, para mim a melhor passerelle é não haver passerelle, o chão permite maior versatilidade de apresentações.

- A melhor colecção que apresentou?
A colecção Memória Implícita, porque significou o início do meu projecto de pesquisa.

- A situação / experiência mais curiosa que viveu?
A mais curiosa e de que me lembro muitas vezes foi na apresentação da colecção Implosão. Nunca mais me esqueço da expressão de pânico das manequins quando apareci com as jóias (realizadas em colaboração com Catarina Dias) que acompanhavam a colecção, que eram, nada mais nada menos que o chamado “colar isabelino” ou seja o cone de protecção utilizado nos animais (cães) restringindo os movimentos do animal impedindo que atrapalhe o seu processo de recuperação. O que aconteceu foi que nos ensaios as manequins tinham que se sentar numa série de cadeiras na passerelle e era-lhes impossível ver o perímetro em redor do corpo o que tornava o acto de se sentar extremamente difícil. Foi hilariante participar e assistir aos ensaios. Os ensaios foram superados e correu lindamente, mas tenho que agradecer muito às manequins pelo seu profissionalismo, não foi nada fácil.


- Que mensagem gostaria de deixar à ModaLisboa neste 20º aniversário?
Muitos parabéns pelos 20 anos de excelente trabalho e obrigada por tudo!

- Fale-nos um pouco do trabalho que vai apresentar nesta edição comemorativa.
Trata-se de um projecto de pesquisa baseado numa abordagem experimental, intitulado “An impossible wardrobe for the invisible”. Este projecto foi realizado com a bolsa de especialização da Fundação Calouste Gulbenkian. Esta abordagem experimental, significa aqui que qualquer uma das acções que terão tido lugar durante o projecto tinham um resultado imprevisível. Significando isto que cada peça é única e não poderá ser repetida. Sendo o resultado sempre diferente a cada vez que são interpretadas. O conjunto de sete vídeos tem por base a criação de peças de vestuário temporárias, que foram produzidas com o objectivo de ser destruídas. Referem-se a uma perda do objecto e à documentação desta perda. A acção de “apagar” as peças deixa um vestígio (as costuras) traduzindo uma forte relação com a memória e com o esquecimento. Foi um projecto em co-realização com Pedro Fortes, e interpretado pelos actores/performers: Joana Areal, Miguel Bonneville, Diogo Bento, Yann Gibert, Eduardo Petersen, Sofia Dias, Vitor Roriz, Teresa Nobre, Andrea Brandão, Liz Vahia e Sofia Pimentão.



EXPOSIÇÃO





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