As Havaianas vão pisar novamente o passeio da fama. Sinónimo de glamour e elegância, a cerimónia de entrega dos Óscares comemora no próximo dia 24 de Fevereiro a sua 80ª edição e as Havaianas vão voltar brilhar ao lado das maiores estrelas do cinema internacional. O evento terá lugar no Kodak Theatre, em Hollywood.
Todos os nomeados aos Óscares serão presenteados com um “Oscar Basket”, um conjunto seleccionadíssimo de produtos, que inclui umas sandálias exclusivas, de edição limitada, especialmente desenhadas para a ocasião. As actrizes receberão Havaianas Slim Crystal Mesh, douradas, com as tiras todas bordadas com cristais Swarovski. O modelo masculino é o Top Metalic, também dourado. Ambos foram desenvolvidos pela ALMAPBBDO. George Clooney, Daniel Day Lewis, Javier Bardem, Cate Blanchett, Marion Cotillard e Ruby Dee e os realizadores Jason Reitman, Ethan e Joel Cohen são algumas das estrelas que serão contempladas com as sandálias mais famosas do Brasil.
A procura por Havaianas nos mercados norte-americano e europeu superou as expectativas e a paixão pelas “legítimas” tem sido alimentada pela presença do produto em diversos eventos importantes como os Óscares. As Havaianas fazem hoje parte do guarda-roupa das celebridades, que não dispensam o seu glamour despojado.
A HISTÓRIA DAS "LEGÍTIMAS"
As Havaianas foram lançadas em 1962 pela São Paulo Alpargatas S.A, fábrica aberta em 1907 pelo escocês Robert Fraser em parceria com um grupo inglês. Eram meras sandálias de borracha com sola branca e tiras coloridas, vendidas em pequenas lojas de bairro. A ideia da nova sandália era tão simples que a sua fama espalhou-se como um rastilho de pólvora. Em menos de um ano, a São Paulo Alpargatas fabricava mais de mil pares de Havaianas por dia, o que levou ao aparecimento de imitações várias, mas "legítimas, só as havaianas, que não soltam as tiras". Este slogan foi criado pela agência JW Thompson e começou a ser veiculado numa campanha publicitária com o comediante Chico Anísio como protagonista.
As Havaianas foram lançadas em 1962 pela São Paulo Alpargatas S.A, fábrica aberta em 1907 pelo escocês Robert Fraser em parceria com um grupo inglês. Eram meras sandálias de borracha com sola branca e tiras coloridas, vendidas em pequenas lojas de bairro. A ideia da nova sandália era tão simples que a sua fama espalhou-se como um rastilho de pólvora. Em menos de um ano, a São Paulo Alpargatas fabricava mais de mil pares de Havaianas por dia, o que levou ao aparecimento de imitações várias, mas "legítimas, só as havaianas, que não soltam as tiras". Este slogan foi criado pela agência JW Thompson e começou a ser veiculado numa campanha publicitária com o comediante Chico Anísio como protagonista.
Passaram-se anos e as Havaianas não apresentaram qualquer novidade em termos de modelo ou cor, o que resultou numa acentuada queda das vendas. A viragem ocorreu em 1994, com o lançamento do modelo monocromático, Havaianas Top, acompanhado por uma forte campanha de marketing que transformou um simples chinelo popular num artigo de moda. Editoriais de moda, jornais e revistas foram unânimes: as Havaianas Top estavam a provocar uma revolução na moda e no mercado do calçado. Transformaram-se num ícone, num objecto de desejo, numa peça obrigatória de qualquer guarda-roupa.
Hoje as Havaianas estão presentes em todo o mundo, desde pequenas lojas a grandes armazéns como as Galeries Lafayette, em Paris. Existem mais de 16 modelos oficiais, além das customizadas por outras marcas. As Havaianas continuam a ser um produto de culto, que calça "do mais pobre ao mais rico", como afirmou o escritor Jorge Amado.
1 comentário:
Um detalhe sobre a História da Havaianas monocromáticas:
Foi o estilista Marco Sabino quem teve a idéia de virar a sola das Havaianas em 1992, tornando-as assim monocromáticas e também customizando suas tiras. O fato aconteceu em decorrência de um desafio da revista ELLE e está contado no verbete SANDÁLIAS DE BORRACHA no DICIONÁRIO DA MODA (Editora Campus/Elsevier) lançado por Marco Sabino em 2006.
De 1992 em diante, as "Havaianas de Marco Sabino", como eram conhecidas, tornaram-se uma febre nos editoriais de jornais e revistas nacionais, dando ao produto um upgrade e elevando-o à categoria fashion. Dois anos depois, a idéia do estilista foi adotada e as monocromáticas foram industrializadas. Este comentário visa abordar uma questão de História na moda, crédito e merecimento ao estilista Marco Sabino, baseado no Rio de Janeiro.
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