Até ao dia 3 de Julho, o Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, acolhe a primeira exposição em Portugal da coreana Koo Jeong A. (Seoul, 1967), uma das mais prestigiadas artistas contemporâneas, que trabalha o limiar entre o visível e o invisível, entre a não intervenção e a criação de atmosferas intimistas.
Com um destacado percurso artístico - já participou nas bienais de Veneza (2001 e 2003), Sydney (2004) e Moscovo (2005) - Koo Jeong A. constrói instalações provisórias que desafiam o espectador a interagir e a descobrir a obra. Para a exposição do CAM, a artista criou um conjunto de esculturas-gabinetes, onde os espectadores “têm a oportunidade de se isolar e experienciar um universo que tem tanto de subtil como de onírico”.
São cinco caixas entre a escultura e a arquitectura que serão desfeitas no final da exposição, mas enquanto construídas no museu "constituem presenças absolutas, funcionam como se fossem abrigos para os visitantes, sem, no entanto, permitirem acesso total ao seu interior".
O que pode acontecer? Um interior que se ilumina por meio de um sensor, uma vista para um tecto de planos iluminados que apenas se pode avistar se subirmos umas escadas, o reflexo luminoso de uma televisão escondida que transmite o canal da BBC com programas sobre a vida selvagem.
O trabalho Koo Jeong A. parte muitas vezes de uma simples letra, uma série de desenhos ou uma palavra. No caso desta exposição, a artista escolheu o número 9 "Nove" porque, segundo a própria, “existem nove dimensões no universo, apesar de só sermos capazes de conceber e falar de quarto”.
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