Passaram 17 anos desde que Pierre Cardin guardou a sua fita métrica e abandonou as apresentações sazonais de coleções. As criações do designer que revolucionou a moda com estampagens geométricas, silhuetas futuristas e cores vivas voltam agora a brilhar no “Espace Evolution”, um museu dedicado à sua vida e obra que acaba de inaugurar na Rue Saint-Merri, no Marais, em Paris. Mais de 200 modelos de Alta Costura, chapéus, sapatos, joias e móveis de design emblemáticos foram transferidos do primeiro museu de Pierre Cardin em Saint-Ouen, onde estavam em exibição desde 2006, para o espaço de uma antiga fábrica de gravatas no bairro Marais.
Na entrada, dois modelos masculinos com capacete e macacão, fiéis à estética futurista de Pierre Cardin dos anos 1960, recebem os visitantes. A curadora do museu, Renée Taponier, foi aprendiz de Pierre Cardin durante 50 anos e a sua admiração pela criatividade do criador continua intacta. "Tudo o interessa, não só os materiais que servem para a moda", afirmou diante de um colete masculino com armação no peito coberta por pequenos moldes para biscoito, mas de silicone.
Com este museu, Pierre Cardin quer deixar "ao mundo o legado de um criador de moda que começou do zero". "Tive a sorte de realizar tudo o que desejava sem precisar de um banqueiro ou uma autoridade, fui um homem livre desde os 20 anos", contou. Visionário e mecenas, Pierre Cardin dirige um império mundial que além da moda, passa também pelos perfumes, hotelaria e decoração em restaurantes.
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