COLEÇÃO OUTONO / INVERNO 2013/14
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EM CONVERSA COM CATARINA SEQUEIRA
Daily ModaLisboa - O mundo mudou e todos fazemos parte deste movimento de mudança. Como se adapta a Moda a esta transformação?
Catarina Sequeira - Com alguma dificuldade. A moda de autor, que se confunde muitas das vezes com as marcas de massas, tem de ter a capacidade de se evidenciar pela qualidade, pelo corte e design e encontrar o seu mercado, o seu consumidor final, mas infelizmente algumas boas marcas ficam pelo caminho.
- Qual é para si a definição contemporânea de luxo?
Para mim, o luxo de algo luxuoso ainda é sinónimo de artesão, mas luxo no verdadeiro sentido da palavra é a felicidade.
- No atual conceito de moda o que valoriza mais: o design ou o corte?
Se tiver de escolher entre ambas, o corte, nada é pior que uma peça a vestir mal!
- De todas as coleções que já desenhou, qual foi para si a mais memorável?
A que desenvolvi no final do curso. Foi pura felicidade, o sonho tornado realidade.
- Gosta de voltar a coleções antigas e dar-lhes uma nova vida?
Ainda não desenvolvi coleções suficientes para o fazer, mas há sempre detalhes que gosto de repetir e não tanto a silhueta da peça que se vai tornando ultrapassada.
- O que a inspirou e quais as suas propostas para o outono / inverno 13/14?
Peguei na interpretação e mente da artista plástica suíça Victorine Muller. Ela cria esculturas de grandes dimensões em PVC insufláveis, transmitindo ideias muitas vezes abstratas e forças um pouco invisíveis, como a aura. A criação é muito orientada em torno de um dinamismo espiritual ou emocional e a roupa tem a capacidade de transportar pessoas para um outro estado, de modo a que as coisas escondidas se possam tornar visíveis.
DESFILE
FOTOGRAFIAS: © RUI VASCO
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