Anna Mouglalis (na fotografia) foi musa Chanel durante vários anos e prepara-se para representar a lendária designer francesa, Gabrielle “Coco” Chanel, no próximo filme de Jan Kounen, intitulado “Coco Chanel et Igor Stravinsky”. Adaptado do romance “Coco et Igor” de Chris Greenhalgh, o filme retraça a história de amor apaixonante entre Gabrielle Chanel e o compositor russo Igor Stravinsky, interpretado pelo actor dinamarquês Mads Mikkelsen. “Coco Chanel et Igor Stravinsky” chega às salas de cinema no próximo mês de Abril.
Audrey Tautou também interpreta Gabrielle “Coco” Chanel no filme “Coco Avant Chanel”, da realizadora francesa Anne Fontaine. A película será lançada na Primavera e inspira-se no romance “L’Irrégulière” de Edmonde Charles-Roux, abordando a infância, juventude e os primeiros passos de Chanel no mundo da Moda.
GABRIELLE “COCO” CHANEL (1883–1971) nasceu em Saumur, França. Depois de uma passagem pelo teatro, onde adquiriu a alcunha “Coco”, iniciou a sua carreira como modista de chapéus. Em 1913, abriu a sua primeira loja em Paris. Com os seus chapéus e uma linha limitada de vestuário simples e funcional, fidelizou rapidamente uma clientela dedicada e ávida por se libertar dos opressivos espartilhos. O seu prático sportswear - com muitas peças feitas em jersey, um material até então invulgar e apenas utilizado em underwear masculino - tornou-se um enorme sucesso. As suas criações continuaram a marcar a moda das décadas de 1920 e 1930 e o seu famoso “little black dress” tornou-se um clássico do vestuário feminino do século XX.
Em 1939, quando a França declarou Guerra à Alemanha, Chanel fechou o seu atelier, mas após o conflito percebeu que não poderia ficar parada a assistir à ascensão de Christian Dior, cujo “New Look” triunfou no período pós-guerra. Embora muitos admirassem a feminilidade do visual proposto por Dior, com saias rodadas e cinturas marcadas, Chanel considerava que este não se adequava à mulher emancipada que tinha sobrevivido a uma segunda guerra e assumido um papel activo na sociedade. Tal como tinha feito após o primeiro grande conflito mundial, Chanel esforçou-se por libertar e reanimar a moda feminina, competindo com as propostas de uma nova geração de designers.
A sua colecção de regresso foi apresentada em 1953. Após três estações, Chanel reconquistou a notoriedade. Modernizou visuais clássicos, trabalhou sobre as tradicionais peças em tweed e conquistou uma nova geração de clientes. O clássico fato Chanel, em tweed, tornou-se um símbolo de estatuto e elegância.
Gabrielle Chanel morreu em 1971. A criação das linhas de Alta Costura e Pronto-a-Vestir foi assegurada por vários assistentes da designer até Karl Lagerfeld assumir a direcção criativa de ambas as colecções, em 1983.