COLEÇÃO OUTONO / INVERNO 2013/14
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EM CONVERSA COM ELEUTÉRIO E MIA
Daily ModaLisboa - O mundo mudou e todos fazemos parte deste movimento de mudança. Como se adapta a Moda a esta transformação?
Eleutério e Mia - Cada vez mais sentimos que o mundo procura por expressões individualizadas e com “significado” no que toca à criação de novos objetos a habitar o mundo (que no nosso caso é a roupa). Assistimos, na última década, a uma saturação de tendências pré-fabricadas e desfiles repetitivos que levaram os consumidores a pedir por “objetos com alma”. Juntos estamos a mudar o mundo e consequentemente a moda está a ajustar-se a estas pequenas grandes alterações. Todos os dias observamos pequenos movimentos que vão surgindo aqui e ali.
- Qual é para vocês a definição contemporânea de luxo?
Somos da opinião que não existe um luxo “contemporâneo”. Luxo é um conceito e é “luxo”, foi apenas mudando de “cara” ao longo dos tempos.
- No atual conceito de moda o que valorizam mais: o design ou o corte?
Quando desenvolvemos as coleções e as trabalhamos no campo teórico, por momentos, “esquecemo-nos” de que as peças têm moldes e devem cair no corpo como uma mão na luva. Mas mal passamos ao desenvolvimento do produto o nosso foco passa automaticamente para o corte.
- De todas as coleções que já desenharam, qual foi para vocês a mais memorável?
Todas as coleções têm os seus aspetos memoráveis, até porque não conseguimos pensar nas coleções apenas como roupa, mas sim todo o material que desenvolvemos à sua volta. Se tivéssemos que pensar em apenas uma... a HOME. Foi uma viagem incrível! Desde a construção da roupa, do cenário, da música original que compusemos, dos cabelos e da maquilhagem, à sala que foi perfeita, à sessão fotográfica - pela lente do Pedro Matos - e ao documentário que construímos com a jornalista Lígia Gonçalves. Uma viagem pautada pela megalomania, que ficará para sempre na memória pela quantidade de pessoas incríveis que se cruzaram no nosso caminho ao longo de todo o processo.
- Gostam de voltar a coleções antigas e dar-lhes uma nova vida?
Já tentámos, mas estamos sempre com a cabeça a fervilhar de novas ideias e o que passou acaba por ficar lá atrás. O que acontece, por vezes, são “citações de assinatura”.
- O que vos inspirou e quais as vossas propostas para o outono/inverno 13/14?
Segundo os Maias, iria existir um apagão como representação figurativa de uma mudança de consciência – um wake up call – a nível global. Inspirados pela profecia resolvemos criar o nosso próprio apagão no atelier... Há que começar por algum lado. A proposta?... É confiar!
DESFILE
FOTOGRAFIAS: © RUI VASCO
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