E se as galerias de arte fossem móveis e navegantes e se pudessem encontrar em estações como as dos barcos? A curiosa proposta é da autoria dos arquitectos brasileiros Victor Paixao, Miguel Felipe Muralha, Paula Sertorio, Thiago Florez, Andre Mack e Bruno Castro, em resposta ao concurso “London 2008”, organizado pela agência Arquitectum. O objectivo era desenhar uma galeria móvel que pudesse viajar pelo rio Tamisa, em Londres, apanhando os visitantes em várias localizações. O projecto do colectivo brasileiro distinguiu-se das restantes propostas apresentadas e foi galardoado com uma menção honrosa pela Architectural Association.
Dois elementos distintos resultam numa área que simboliza a dinâmica da cidade e expressa a imprevisibilidade da ocupação humana. A claridade, transparência e permeabilidade visual do edifício permitem estabelecer uma relação com a cidade ao longo de todo o curso do rio Tamisa, oferecendo diferentes visões e perspectivas da paisagem londrina. O primeiro elemento é composto por uma forma gerada por três elipses que sugerem a ocupação dos espaços e permitem, através da permeabilidade da estrutura, a interacção e a visibilidade do visitante de qualquer localização. O segundo elemento determina os limites da galeria e permite o máximo uso do espaço interno. A fachada pode servir como suporte para publicidade e como veículo de media digital, invertendo a perspectiva e atraindo a atenção para o rio.
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