COLEÇÃO VERÃO 2013
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EM CONVERSA COM NUNO BALTAZAR
Daily ModaLisboa - Qual considera ser o ADN da sua marca?
Nuno Baltazar - O ADN Nuno Baltazar reconhece-se principalmente em duas vertentes. A primeira é o universo criativo que está na base de cada coleção e que corresponde a tudo que me emociona e envolve. O segundo é o conceito couture-à-porter transversal a todo o meu percurso e que defini desde o início. A sofisticação controlada, moderna e pensada para mulheres reais. A construção das minhas coleções assenta numa enorme preocupação global que começa pelo corte, pela atenção à silhueta e ao que favorece as mulheres, tecidos e acabamentos de qualidade. A componente emocional também é muito importante. Considero-me um designer emocional e tento que cada uma das minhas apresentações conte uma história que envolva as minhas clientes no meu universo. Também a forte aposta no desenvolvimento de acessórios em que a marca aparece de uma forma mais visível, com aplicação de logos e elementos que se vão repetindo ao longo de várias estações, tem ajudado a um reconhecimento público da marca.
- Qual a peça de roupa que nunca pode faltar nas suas coleções?
Vestido! Porque é, sem dúvida, a peça de roupa pela qual as minhas clientes mais me procuram. E é também a peça que mais gosto de desenhar. A que mais intuitivamente sei, no momento em que desenho, qual o efeito que vai ter no comportamento de quem o vestir.
- Considera que a Moda pode afetar o modo como uma pessoa se sente ou atua?
Completamente. A moda e as opções diárias que fazemos com o nosso guarda-roupa e na forma como nos apresentamos é determinante na forma como nos sentimos mais ou menos seguros, mais ou menos confiantes. A silhueta, cores, acessórios são ferramentas fundamentais na imagem que queremos transmitir em qualquer que seja a situação. Acho que os portugueses estão cada vez mais conscientes disso.
- O que o inspirou nesta estação?
A coleção verão 2013 Nuno Baltazar é um exercício sobre a interpretação pessoal do universo íntimo de Yves Saint Laurent e do seu companheiro de mais de 50 anos, Pierre Berger. Dos primeiros anos em Paris até aos jardins de Marjorelle, em Marrakech, a coleção viaja por influências culturais, cenários, retratos, amigos, a coleção de arte e pelos equilíbrios e contrastes que marcam as memórias de Berger.
- Que propostas vai apresentar nesta edição da ModaLisboa?
Os looks refletem contrastes, silhuetas equilibradas e desconstruídas, estruturadas ou nervosas, oscilando entre peças demi-couture e easy-wear, day wear ou sofisticadas, sempre com forte caráter feminino. Silhuetas linha H, Y e cocoon em diferentes comprimentos e estruturas. Destaque para o volume de mangas, cavas e estruturas em drapping. Seda natural em prints digitais zebra e leopardo, jaquards animais, algodão e viscose em estruturas diagonais, crepe ou cetim. A paleta é reflexo dessa viagem tendo em Marrakech o principal foco. Rosas em diferentes tonalidades, meloa, preto e marfim, amarelo poudré, coordenações metálicas e azul noite, marinho e azul marjorelle. Pele de cobra, bamboo e pedras naturais acentuam a tónica safari e deco deste tão rico universo. A maior novidade será a apresentação das primeiras amostras de uma nova linha Nuno Baltazar eyewear.
- A quem dedica esta coleção?
Ao Vítor Almeida. Meu sócio e que tem lutado comigo para que a marca Nuno Baltazar seja tudo o que sonhamos para ela.
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