COLECÇÃO INVERNO 2012
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EM CONVERSA COM NUNO BALTAZAR
Daily ModaLisboa - Qual a importância da ModaLisboa para a divulgação e desenvolvimento do trabalho dos Criadores de Moda Portugueses, ao longo dos últimos 20 anos?
Nuno Baltazar – Eu acho que só se pode dizer que existe moda de autor em Portugal de uma forma séria e profissional a partir do momento em que a ModaLisboa começou a existir, portanto a importância é toda.
- De todas as edições da ModaLisboa em que participou, destaque:
- A edição mais memorável?
Para mim, foi a Five Stars. Primeiro porque foi uma edição muito emocional para mim, porque até aí eu trabalhava em dupla com o Paulo Cravo e foi a primeira vez que me apresentei a solo e estava muito nervoso. Depois a passerelle era lindíssima e todos materiais gráficos que a RMAC desenvolveu à volta da Sophia Lauren era maravilhosos. A festa foi um baile no Ritz. Foi, sem dúvida, uma edição memorável.
- O melhor tema?
O desta edição: Love.
- O melhor local?
Armazém Terlis.
- A melhor passerelle?
A da edição Five Stars, desenhada pelo Miguel Vieira Baptista.
- A melhor colecção que apresentou?
Podia entrar num lugar comum e achar que a última é sempre a melhor, mas enquanto designer eu vou gostando mais de uma ou de outra, não só pela qualidade que ela tem como pelo envolvimento que acabo por desenvolver com ela. Acho que as duas colecções que me fizeram sentir mais especial ou que gostei mais foram a Morabeza, Verão 2010, e esta última, Verão 2011, porque pressupuseram viagens. Mas talvez destaque a Morabeza, Verão 2010.
- A situação / experiência mais curiosa que viveu?
Foram várias, mas vou citar apenas duas, por oposição uma à outra. Por mais de que uma vez as pessoas choraram a assistir aos meus desfiles, e isso mexeu muito comigo. Outra situação que foi muito caricata, caótica, mas muito divertida: ainda trabalhava com o Paulo Cravo e na primeira edição em que apresentámos homem o Luís Pereira desfilou para nós. Portanto não havia ninguém para dar as entradas e foi o caos, porque os manequins estavam todos em êxtase a ver o Luís Pereira a desfilar no monitor interior. As pessoas assobiavam, gritavam o nome dele, foi o descalabro, os manequins entraram todos fora de ordem, mas foi um desfile memorável.
- Como evoluiu o seu trabalho ao longo das várias edições?
Acho que o meu trabalho tem evoluído na qualidade do produto final, reflectindo, ao mesmo tempo, a minha maturidade enquanto designer. As coisas são mais pensadas, a colecção é cada vez mais completa e há uma aposta forte nos acessórios. A evolução passa também pela consciência do que é a marca, algo fundamental, e acho que ano após ano tenho tido um percurso evolutivo.
- Que mensagem gostaria de deixar à ModaLisboa neste 20º aniversário?
Let’s grow old together! Porque, para além de um caminho ainda por percorrer, pressupõe um carinho muito grande. Acho que só queremos envelhecer ao lado das pessoas que gostamos muito e eu sinto isso em relação à ModaLisboa. Parabéns a todos!
- Fale-nos um pouco da colecção que vai apresentar nesta edição comemorativa.
A colecção é inspirada nos retratos de Gustav Klimt, o pintor austríaco do início do século XX, e fala um pouco da ambivalência entre os retratos a óleo, que no fundo representam as senhoras da sociedade vienense, em oposição aos esquiços onde representava muitas vezes prostitutas e manequins em poses muito eróticas, consideradas até pornográficas na altura e que foram alvo de uma enorme controvérsia. Acho que tudo o que é menos consensual pode ser muito inspirador e o trabalho dele foi para mim nesta estação.
DESFILE
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EM CONVERSA COM NUNO BALTAZAR
Daily ModaLisboa - Qual a importância da ModaLisboa para a divulgação e desenvolvimento do trabalho dos Criadores de Moda Portugueses, ao longo dos últimos 20 anos?
Nuno Baltazar – Eu acho que só se pode dizer que existe moda de autor em Portugal de uma forma séria e profissional a partir do momento em que a ModaLisboa começou a existir, portanto a importância é toda.
- De todas as edições da ModaLisboa em que participou, destaque:
- A edição mais memorável?
Para mim, foi a Five Stars. Primeiro porque foi uma edição muito emocional para mim, porque até aí eu trabalhava em dupla com o Paulo Cravo e foi a primeira vez que me apresentei a solo e estava muito nervoso. Depois a passerelle era lindíssima e todos materiais gráficos que a RMAC desenvolveu à volta da Sophia Lauren era maravilhosos. A festa foi um baile no Ritz. Foi, sem dúvida, uma edição memorável.
- O melhor tema?
O desta edição: Love.
- O melhor local?
Armazém Terlis.
- A melhor passerelle?
A da edição Five Stars, desenhada pelo Miguel Vieira Baptista.
- A melhor colecção que apresentou?
Podia entrar num lugar comum e achar que a última é sempre a melhor, mas enquanto designer eu vou gostando mais de uma ou de outra, não só pela qualidade que ela tem como pelo envolvimento que acabo por desenvolver com ela. Acho que as duas colecções que me fizeram sentir mais especial ou que gostei mais foram a Morabeza, Verão 2010, e esta última, Verão 2011, porque pressupuseram viagens. Mas talvez destaque a Morabeza, Verão 2010.
- A situação / experiência mais curiosa que viveu?
Foram várias, mas vou citar apenas duas, por oposição uma à outra. Por mais de que uma vez as pessoas choraram a assistir aos meus desfiles, e isso mexeu muito comigo. Outra situação que foi muito caricata, caótica, mas muito divertida: ainda trabalhava com o Paulo Cravo e na primeira edição em que apresentámos homem o Luís Pereira desfilou para nós. Portanto não havia ninguém para dar as entradas e foi o caos, porque os manequins estavam todos em êxtase a ver o Luís Pereira a desfilar no monitor interior. As pessoas assobiavam, gritavam o nome dele, foi o descalabro, os manequins entraram todos fora de ordem, mas foi um desfile memorável.
- Como evoluiu o seu trabalho ao longo das várias edições?
Acho que o meu trabalho tem evoluído na qualidade do produto final, reflectindo, ao mesmo tempo, a minha maturidade enquanto designer. As coisas são mais pensadas, a colecção é cada vez mais completa e há uma aposta forte nos acessórios. A evolução passa também pela consciência do que é a marca, algo fundamental, e acho que ano após ano tenho tido um percurso evolutivo.
- Que mensagem gostaria de deixar à ModaLisboa neste 20º aniversário?
Let’s grow old together! Porque, para além de um caminho ainda por percorrer, pressupõe um carinho muito grande. Acho que só queremos envelhecer ao lado das pessoas que gostamos muito e eu sinto isso em relação à ModaLisboa. Parabéns a todos!
- Fale-nos um pouco da colecção que vai apresentar nesta edição comemorativa.
A colecção é inspirada nos retratos de Gustav Klimt, o pintor austríaco do início do século XX, e fala um pouco da ambivalência entre os retratos a óleo, que no fundo representam as senhoras da sociedade vienense, em oposição aos esquiços onde representava muitas vezes prostitutas e manequins em poses muito eróticas, consideradas até pornográficas na altura e que foram alvo de uma enorme controvérsia. Acho que tudo o que é menos consensual pode ser muito inspirador e o trabalho dele foi para mim nesta estação.
DESFILE
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