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sexta-feira, 12 de abril de 2013

DOCUMENTÁRIO SOBRE DIANA VREELAND CONQUISTA PRÉMIO “FASHION DESIGN OF THE YEAR”




“The Eye Has to Travel”, o documentário sobre a vida e a obra de Diana Vreeland – exibido no âmbito da 40ª edição da ModaLisboa, no auditório do MUDE, em março passado - foi distinguido pelo Design Museum de Londres com o prémio “Fashion Design of the Year”.

Dirigido pela esposa do neto de Vreeland, Lisa Immordino Vreeland, “The Eye Has to Travel” superou os figurinos de Anna Karenina, a colaboração da Louis Vuitton com Yayoi Kusama e a coleção de pronto-a-vestir de Raf Simons para a Christian Dior, todos concorrentes aos prémios “Designs of the Year” na categoria de Moda. "Sentimos que este documentário nos deu a oportunidade de reconhecer e celebrar as contribuições de Diana Vreeland", afirmou Griff Rhys Jones, membro do júri. "Vreeland levou o design de moda para um outro nível, atingindo um público mais amplo e criando uma maior compreensão do mundo da moda", acrescentou Ilse Crawford, presidente do júri.

Os prémios “Designs of the Year” celebram o melhor do design internacional do último ano, abrangendo sete categorias: moda, arquitetura, digital, mobiliário, gráfico, produto e transporte. O grande vencedor do prémio “Design of the Year 2013” – disputado agora pelos vencedores das 7 categorias – será anunciado na próxima quarta-feira, 16 de abril, durante uma cerimónia no Hotel South Place, em Londres.


“THE EYE HAS TO TRAVEL” documenta a impressionante carreira de Diana Vreeland (1903-1989), a mítica editora da Harper’s Bazaar (de 1937 a 1962) e da Vogue US (de 1962 a 1971). Diana Vreeland, a mulher que detestava o narcisismo mas aprovava a vaidade e que defendia que “não se tem de nascer bonita para se ser incrivelmente atraente,” viveu num sumptuoso apartamento em Park Avenue e transformou-se num ícone de Nova Iorque graças ao arrojo iconoclasta das suas opiniões e à sua visão predestinada do papel das mulheres na sociedade. Dizia de Coco Chanel, por exemplo, que “as suas primeiras clientes foram princesas e duquesas e ela vestia-as como se fossem secretária e dactilógrafas”. Diana Vreeland foi a primeira pessoa da indústria a compreender que o lugar da moda era em todo lado. Foi assim que iniciou a sua colaboração com o Metropolitan Museum, que passou a ser a sede dos desfiles anuais dos maiores criadores norte-americanos e europeus. Vreeland foi a primeira e a incomparável autoridade mundial da indústria da moda. Sobre o que vestir e sobre dietas deixou-nos pérolas como estas: “os blue jeans são a coisa mais maravilhosa desde a invenção da gôndola” e “a alface pode ser divina mas não tenho a certeza de que seja para comer”.

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