COLECÇÃO VERÃO 2011
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EM CONVERSA COM DINO ALVES
Daily ModaLisboa - É frequentador assíduo do comércio local / tradicional?
Dino Alves – Sou frequentador sobretudo do comércio de rua. Tenho uma aversão a centros comerciais e grandes superfícies e não me dou muito bem com aquele excesso de informação compactada, ao fim de 10 minutos começo a ficar completamente zonzo e baralhado. Como uma das coisas que mais gosto é andar na rua, sou completamente adepto do comércio local e tradicional.
- Se trabalhasse num mercado, o que gostaria de vender?
Fruta, porque adoro e como quilos de fruta por dia. Acho que é o que me dá força em determinadas alturas. A actividade de designer é por vezes muito stressante, as coisas são todas para ontem, e se não comesse tanta fruta, bananas e uvas especialmente, seria difícil. Portanto se tivesse uma banca num mercado seria, sem dúvida, de fruta.
- O excesso, a reciclagem, a sustentabilidade são questões que o acompanham no dia-a-dia? E no processo de desenvolvimento de uma colecção?
Sim, aliás eu posso mesmo dizer que comecei a fazer moda um pouco por aí. Embora hoje em dia já faça as coisas de outra forma - não uso peças feitas e transformadas - mas continuo a reciclar muitas vezes tecidos e materiais. Aliás, acho que esta deveria ser uma preocupação que todos deveríamos ter muito mais presente nas nossas vidas, porque a forma como o planeta está é um pouco assustadora. Tenho algumas regras com as quais vivo no dia-a-dia, em casa. Por exemplo, muitas vezes quando tomo duches rápidos não despejo a água da banheira e durante esse dia aproveito essa água para a sanita. Aliás, adorava ter uma banheira que tivesse uma espécie de descarga directa para o autocolismo, porque se poupa imensa água.
- Qual a sua definição de beleza?
Acho que o que as pessoas dizem que não há bonito nem feio e que a beleza está no interior é de facto verdade. Há pessoas que de cara ou de corpo não são propriamente bonitas mas para mim isso é totalmente ultrapassável quando elas são muito bonitas por dentro. Visualmente, há obviamente pessoas bonitas e pessoas menos bonitas mas isso depois torna-se relativo quando nós gostamos muito de uma determinada pessoa. Considero, portanto, que a beleza interior deverá ter sempre mais importância para nós e acho que a forma de estar e a expressão corporal são igualmente muito importantes.
- Fale-nos um pouco da colecção que vai apresentar nesta edição da ModaLisboa.
A minha colecção questiona e fala um pouco das questões das identidades e da forma como hoje em dia nos relacionamos com os outros através das redes sociais, Internet, chats…. Questiona um pouco o anonimato, o facto de nós nos relacionamos com outras pessoas sem as conhecermos fisicamente e no entanto sabemos imenso sobre a vida delas. Ou achamos que sabemos, porque a outra pessoa pode estar a dar-nos uma identidade totalmente adulterada, mas na verdade é aquela identidade com que nós lidamos porque é a que conhecemos. Peguei na ideia de nós enquanto logótipo. No perfil, se não colocarmos a nossa fotografia pessoal somos vistos pelos outros como um pictograma. Por exemplo, no messanger se não colocarmos uma fotografia no display aparece um boneco: a cabeça é uma bola e o corpo é uma forma oval. Portanto, peguei muito nessas formas geométricas puras, sobretudo o círculo - que também é uma metáfora relacionada com esta questão das redes sociais onde tudo funciona em circulo e em cadeia - e desenvolvi essa parte de colisão de formas e cores que tem a ver com a construção do logótipo.
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Daily ModaLisboa - É frequentador assíduo do comércio local / tradicional?
Dino Alves – Sou frequentador sobretudo do comércio de rua. Tenho uma aversão a centros comerciais e grandes superfícies e não me dou muito bem com aquele excesso de informação compactada, ao fim de 10 minutos começo a ficar completamente zonzo e baralhado. Como uma das coisas que mais gosto é andar na rua, sou completamente adepto do comércio local e tradicional.
- Se trabalhasse num mercado, o que gostaria de vender?
Fruta, porque adoro e como quilos de fruta por dia. Acho que é o que me dá força em determinadas alturas. A actividade de designer é por vezes muito stressante, as coisas são todas para ontem, e se não comesse tanta fruta, bananas e uvas especialmente, seria difícil. Portanto se tivesse uma banca num mercado seria, sem dúvida, de fruta.
- O excesso, a reciclagem, a sustentabilidade são questões que o acompanham no dia-a-dia? E no processo de desenvolvimento de uma colecção?
Sim, aliás eu posso mesmo dizer que comecei a fazer moda um pouco por aí. Embora hoje em dia já faça as coisas de outra forma - não uso peças feitas e transformadas - mas continuo a reciclar muitas vezes tecidos e materiais. Aliás, acho que esta deveria ser uma preocupação que todos deveríamos ter muito mais presente nas nossas vidas, porque a forma como o planeta está é um pouco assustadora. Tenho algumas regras com as quais vivo no dia-a-dia, em casa. Por exemplo, muitas vezes quando tomo duches rápidos não despejo a água da banheira e durante esse dia aproveito essa água para a sanita. Aliás, adorava ter uma banheira que tivesse uma espécie de descarga directa para o autocolismo, porque se poupa imensa água.
- Qual a sua definição de beleza?
Acho que o que as pessoas dizem que não há bonito nem feio e que a beleza está no interior é de facto verdade. Há pessoas que de cara ou de corpo não são propriamente bonitas mas para mim isso é totalmente ultrapassável quando elas são muito bonitas por dentro. Visualmente, há obviamente pessoas bonitas e pessoas menos bonitas mas isso depois torna-se relativo quando nós gostamos muito de uma determinada pessoa. Considero, portanto, que a beleza interior deverá ter sempre mais importância para nós e acho que a forma de estar e a expressão corporal são igualmente muito importantes.
- Fale-nos um pouco da colecção que vai apresentar nesta edição da ModaLisboa.
A minha colecção questiona e fala um pouco das questões das identidades e da forma como hoje em dia nos relacionamos com os outros através das redes sociais, Internet, chats…. Questiona um pouco o anonimato, o facto de nós nos relacionamos com outras pessoas sem as conhecermos fisicamente e no entanto sabemos imenso sobre a vida delas. Ou achamos que sabemos, porque a outra pessoa pode estar a dar-nos uma identidade totalmente adulterada, mas na verdade é aquela identidade com que nós lidamos porque é a que conhecemos. Peguei na ideia de nós enquanto logótipo. No perfil, se não colocarmos a nossa fotografia pessoal somos vistos pelos outros como um pictograma. Por exemplo, no messanger se não colocarmos uma fotografia no display aparece um boneco: a cabeça é uma bola e o corpo é uma forma oval. Portanto, peguei muito nessas formas geométricas puras, sobretudo o círculo - que também é uma metáfora relacionada com esta questão das redes sociais onde tudo funciona em circulo e em cadeia - e desenvolvi essa parte de colisão de formas e cores que tem a ver com a construção do logótipo.
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