No próximo dia 19 de Maio, o Museu Colecção Berardo inaugura a mais completa retrospectiva do trabalho de um dos mais importantes arquitectos do século XX, Charles-Edouard Jeanneret, internacionalmente reconhecido pelo pseudónimo Le Corbusier. "Le Corbusier, Arte e Arquitectura" convida-nos a compreender a evolução do pensamento deste arquitecto, urbanista, pintor e designer francês de origem suíça e a explorar a dinâmica existente entre a sua arquitectura, a sua pintura e os seus objectos. A mostra esteve no ano passado em Roterdão, fica no Centro Cultural de Belém até 17 de Agosto, segue depois para Liverpool, capital europeia da cultura, e termina o seu itinerário em Londres.
Há duas décadas que não era organizada uma exposição que abordasse as várias facetas da obra de Le Corbusier, aquelas que, ainda hoje, o tornam numa das mais importantes referências da arquitectura contemporânea. Para preencher esta lacuna, o Museu Colecção Berardo traz a Lisboa “Le Corbusier - Arte da Arquitectura”, uma exposição organizada pelo Vitra Design Museum, em colaboração com o Royal Institute of British Architects (RIBA), o Netherlands Architecture Institute - NAI Rotterdam, e a Fondation Le Corbusier. A mostra será complementada com o testemunho do encontro entre Le Corbusier e o fotógrafo Lucien Hervé, na exposição "Construção-Composição". Os dois artistas trabalharam juntos de 1950 a 1965 e durante esses 15 anos Lucien Hervé realizou mais de 20 mil fotografias que constituem um acervo notável sobre a obra do ilustre arquitecto.
LE CORBUSIER
Charles-Edouard Jeanneret nasceu em 1887 em La Chaux-de-Fonds, na Suíça. Estudou Arte na sua cidade natal e depois estagiou por dois anos no estúdio parisiense de Auguste Perret. Viajou para a Alemanha, onde colaborou com nomes famosos da arquitectura naquele país, como Peter Behrens. Em Atenas, estudou o Partenon e outros edifícios da Grécia antiga e ficou impressionado com o uso da razão áurea pelos gregos clássicos. O livro "Vers une Architecture" mostra uma nova forma da arquitectura baseada em muitos edifícios antigos que incorporam a razão de ouro, uma proporção matemática considerada harmónica e agradável à visão.
Entre 1942 e 1948, Le Corbusier desenvolveu um sistema de medição que ficou conhecido por «Modulor» (ver imagem). Baseado na razão de ouro dos gregos antigos, nos números do matemático Fibonacci e nas dimensões médias humanas (dentro das quais considerou 183 cm como altura standard), o Modulor é uma sequência de medidas proporcionais que divide equilibradamente o corpo humano e que Le Corbusier usou para encontrar harmonia nas suas composições arquitecturais e pictóricas. O Modulor foi publicado em 1950 e depois do seu enorme sucesso, Le Corbusier publicou, em 1955, o «Modulor 2».
Entre 1942 e 1948, Le Corbusier desenvolveu um sistema de medição que ficou conhecido por «Modulor» (ver imagem). Baseado na razão de ouro dos gregos antigos, nos números do matemático Fibonacci e nas dimensões médias humanas (dentro das quais considerou 183 cm como altura standard), o Modulor é uma sequência de medidas proporcionais que divide equilibradamente o corpo humano e que Le Corbusier usou para encontrar harmonia nas suas composições arquitecturais e pictóricas. O Modulor foi publicado em 1950 e depois do seu enorme sucesso, Le Corbusier publicou, em 1955, o «Modulor 2».
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