COLECÇÃO VERÃO 2011
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EM CONVERSA COM DANIEL DINIS
Daily ModaLisboa - É frequentador assíduo do comércio local / tradicional?
Daniel Dinis – Sim. Em Frankfurt há todas as semanas um mercado especial só com produtos da região, onde encontro tudo o que preciso em termos de alimentação. O comércio local está a extinguir-se devido às grandes superfícies comerciais que têm tudo debaixo de um só tecto. Essa tendência não é nova e não acontece só aqui em Frankfurt. Como eu próprio faço roupa à medida e as pessoas vêm ter comigo por eu prestar atenção aos seus desejos individuais, para mim é igualmente motivante frequentar lojas especializadas - o serviço, a consulta e a possibilidade de encontrar soluções particulares. É raro ter esse serviço nos grandes armazéns. O ambiente dos mercados e lojas tradicionais também é diferente e para mim por vezes muito inspirador.
- Se trabalhasse num mercado, o que gostaria de vender?
Especiarias.
- O excesso, a reciclagem, a sustentabilidade são questões que o acompanham no dia-a-dia? E no processo de desenvolvimento de uma colecção?
Hoje em dia é quase impossível não se ocupar com estas questões. Revistas, jornais, televisão - não passa um dia em que não se encontre qualquer coisa acerca desses assuntos. É sempre bom repensar os nossos hábitos do dia-a-dia e ter em mente o ambiente que faz parte da própria vida. A reciclagem para mim é algo natural, cresci com isso – na Alemanha é um processo habitual para os cidadãos já há muito tempo. Sustentabilidade é uma questão e um desafio que, mais do que nunca, influencia o trabalho de um designer. Para mim, significa pensar em conceitos que vão além do uso de materiais biológicos. Utilizo, por exemplo, matérias que restam de produções e que seriam deitados fora, apesar de serem de óptima qualidade. Reutilizo os retalhos que se acumulam ao cortar os moldes em tecido para aplicações ou como ponto de partida para novos designs, criando novas texturas. Desafios são elementares para o desenvolvimento do design contemporâneo. O desafio da minha geração é encontrar caminhos em que as questões reciclagem, sustentabilidade, condições de trabalho se integram completamente no processo de criação.
- Qual a sua definição de beleza?
Beleza encontra-se em tudo o que nos rodeia. Está sempre relacionado com o nosso ponto de vista - é então algo muito individual.
- Como descreve a sua colecção para o Verão 2011?
A minha inspiração geral, não só nesta colecção, é sempre a parte técnica e a confecção. Tento sempre ultrapassar as "regras" conhecidas e encontrar caminhos diferentes na confecção. A roupa que desenho foca detalhes, o interior... A colecção para o Verão 2011 tem como pontos de partida as viagens que fiz ao norte de Marrocos e a Istambul. O que mais me inspirou foi a ideia do lazer, o momento privado e pessoal. Pensei em criar um guarda-roupa só para as horas livres do dia-a-dia influenciado pelos atributos presentes nesses países, como o calor, a rudeza da paisagem e da arquitectura, o caos das ruas, o odor e as cores dos mercados e da comida, a prosperidade imparável, o grafismo da arte islâmica, a essência do deserto e a vivacidade arrebatada das cidades. A colecção tem como base uma silhueta bastante descontraída e fluida, inspirando-se nos códigos das roupas tradicionais da cultura islâmica. Não quis seguir o caminho da reprodução ou apostar numa aparência demasiado etno. Essencial é a transformação para um visual contemporâneo, misturando a ideia oriental com elementos de vestuário urbano e desportivo.
DESFILE
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Daily ModaLisboa - É frequentador assíduo do comércio local / tradicional?
Daniel Dinis – Sim. Em Frankfurt há todas as semanas um mercado especial só com produtos da região, onde encontro tudo o que preciso em termos de alimentação. O comércio local está a extinguir-se devido às grandes superfícies comerciais que têm tudo debaixo de um só tecto. Essa tendência não é nova e não acontece só aqui em Frankfurt. Como eu próprio faço roupa à medida e as pessoas vêm ter comigo por eu prestar atenção aos seus desejos individuais, para mim é igualmente motivante frequentar lojas especializadas - o serviço, a consulta e a possibilidade de encontrar soluções particulares. É raro ter esse serviço nos grandes armazéns. O ambiente dos mercados e lojas tradicionais também é diferente e para mim por vezes muito inspirador.
- Se trabalhasse num mercado, o que gostaria de vender?
Especiarias.
- O excesso, a reciclagem, a sustentabilidade são questões que o acompanham no dia-a-dia? E no processo de desenvolvimento de uma colecção?
Hoje em dia é quase impossível não se ocupar com estas questões. Revistas, jornais, televisão - não passa um dia em que não se encontre qualquer coisa acerca desses assuntos. É sempre bom repensar os nossos hábitos do dia-a-dia e ter em mente o ambiente que faz parte da própria vida. A reciclagem para mim é algo natural, cresci com isso – na Alemanha é um processo habitual para os cidadãos já há muito tempo. Sustentabilidade é uma questão e um desafio que, mais do que nunca, influencia o trabalho de um designer. Para mim, significa pensar em conceitos que vão além do uso de materiais biológicos. Utilizo, por exemplo, matérias que restam de produções e que seriam deitados fora, apesar de serem de óptima qualidade. Reutilizo os retalhos que se acumulam ao cortar os moldes em tecido para aplicações ou como ponto de partida para novos designs, criando novas texturas. Desafios são elementares para o desenvolvimento do design contemporâneo. O desafio da minha geração é encontrar caminhos em que as questões reciclagem, sustentabilidade, condições de trabalho se integram completamente no processo de criação.
- Qual a sua definição de beleza?
Beleza encontra-se em tudo o que nos rodeia. Está sempre relacionado com o nosso ponto de vista - é então algo muito individual.
- Como descreve a sua colecção para o Verão 2011?
A minha inspiração geral, não só nesta colecção, é sempre a parte técnica e a confecção. Tento sempre ultrapassar as "regras" conhecidas e encontrar caminhos diferentes na confecção. A roupa que desenho foca detalhes, o interior... A colecção para o Verão 2011 tem como pontos de partida as viagens que fiz ao norte de Marrocos e a Istambul. O que mais me inspirou foi a ideia do lazer, o momento privado e pessoal. Pensei em criar um guarda-roupa só para as horas livres do dia-a-dia influenciado pelos atributos presentes nesses países, como o calor, a rudeza da paisagem e da arquitectura, o caos das ruas, o odor e as cores dos mercados e da comida, a prosperidade imparável, o grafismo da arte islâmica, a essência do deserto e a vivacidade arrebatada das cidades. A colecção tem como base uma silhueta bastante descontraída e fluida, inspirando-se nos códigos das roupas tradicionais da cultura islâmica. Não quis seguir o caminho da reprodução ou apostar numa aparência demasiado etno. Essencial é a transformação para um visual contemporâneo, misturando a ideia oriental com elementos de vestuário urbano e desportivo.
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3 comentários:
Amazing!!!!!! Gosto muito!!!!
Go Daniel go!
hair:
griffehairstyle.com
make-up:
antonia rosa atelier and team
music:
jakob vetter/
jakob and the appleblossom
www.myspace.com/jacobandtheappleblossom
sunglasses:
handmade from water buffalo horn
millerbirnbaum for danieldinis
contact:
millerbirnbaum@gmail.com
tel: 00351 916996765
booklet photography:
dianadjeddi.com
thank you:
adidas, modalisboa,
michael, mónica, noélia, harald,
dietrich, diana, jakob, marion,
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and a very big thank you to all models and their agencys!
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