A sua imagem de marca é a inovação e as suas criações emblemáticas enriqueceram a história da moda no século XX. Paco Rabanne deixou o mundo da Alta Costura em 1999, mas a sua trajectória profissional continua a ser reconhecida. O designer espanhol de 76 anos acaba de ser galardoado no seu país natal com o Premio Nacional de Diseño de Moda, em reconhecimento da sua contribuição para a moda e cultura do século XX.
Paco Rabanne, o segundo criador de moda agraciado com este prémio (a primeira edição foi para Manuel Pertegaz), é mundialmente conhecido por ter criado um novo conceito de moda ao trabalhar as suas criações com materiais inesperados como o papel, o alumínio ou o plástico. Com este prémio confirma-se a originalidade e a qualidade da sua obra.
Paco Rabanne, considerado o criador espanhol vivo mais universal e que se chama, na verdade, Francisco Rabaneda Cuervo, nasceu em Pasajes (Guipúzcoa) em Fevereiro de 1934. Quando tinha 5 anos refugiou-se em França com a mãe e as irmãs depois do pai, um militar republicano, ter sido fuzilado pelas tropas de Franco. Estudou Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes de Paris e entrou no mundo da moda por intermédio da sua mãe, que tinha trabalhado no atelier de Balenciaga, em San Sebastián. Paco Rabanne começou por desenhar acessórios para as grandes casas de moda de Paris - Givenchy, Balenciaga e Dior - e foi em 1963, quando apresentou a sua primeira colecção de roupa, que experimentou trabalhar com materiais como o plástico, o papel ou o alumínio, criando uma nova relação entre o corpo e o vestuário. As suas criações estenderam-se aos mundos da fotografia e do cinema, marcando o imaginário visual dessa época. Os seus vestidos de plástico e metal foram usados por Françoise Hardy, Brigitte Bardot e Jane Fonda (em Barbarella). Paco Rabanne criou um grandioso império no mundo da moda, que abrange desde a Alta Costura, o pronto-a-vestir e os perfumes até aos artigos de decoração, e que passou a pertencer ao grupo espanhol Puig em 1986. Conhecido também pelas suas actividades artísticas e a sua faceta filosófica, Paco Rabanne anunciou que iria deixar a Alta Costura em 1999.
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