Pintor, escritor, arquitecto, Salvador Dalí foi um artista versátil que explorou todos os domínios da criação. Em 1929, numa praia da Catalunha, viu pela primeira vez Helene Dimitrievna Diakonava, mais conhecida por Gala, e enamorou-se imediatamente. Ela era a mulher com quem ele “sonhou e pintou antes de conhecer". Gala tornou-se na sua musa e sua mulher. No final da década de 1960, Dalí criou uma linguagem própria, um alfabeto do amor com oito caracteres que o artista surrealista chamou de Dalígramme, que consistia em versões redesenhadas das letras G de Gala, D de Dalí e S de Salvador.
Inspirada pela paixão entre dois indivíduos, a marca francesa Lancel criou, em 1970, uma colecção de malas em couro adornadas com os símbolos/letras desenhadas por Salvador Dalí e cujas alças tinham a forma de uma corrente de bicicleta, símbolo da união entre o artista e a sua musa. A Lancel volta agora a prestar homenagem a essa paixão, ao reeditar a colecção Dalígramme e aproveita a oportunidade para apresentar, em parceria com a Fundació Gala-Salvador Dalí, a retrospectiva L'art, l'amour, la mode, com fotos do casal. A mostra, que retraça o mito de um romance eterno, revelando um Salvador Dalí desconhecido e apaixonado, estará patente ao público até ao próximo dia 20 de Setembro, nas Galeries Lafayette, em Paris.
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