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segunda-feira, 27 de abril de 2009

EXPOSIÇÃO DE JEAN MUIR NA ESCÓCIA

Uma nova exposição sobre o trabalho da aclamada criadora de moda Jean Muir (1928-1995) chegou ao sudoeste da Escócia. “Jean Muir: A Fashion Icon” está patente no National Museum of Costume, em New Abbey, até ao final de Outubro, e apresenta uma série de criações de Jean Muir nunca antes expostas ao público.

A mostra celebra a vida e trabalho da venerada criadora de moda escocesa, que revolucionou o design britânico na década de 1960. Através de uma impressionante colecção de peças de roupa, esboços, padrões e acessórios, os visitantes são convidados a descobrir como Muir obteve tamanho sucesso.



JEAN MUIR

Jean Muir nasceu em 1928, na Escócia. Em 1966, criou a sua marca, juntamente com o seu sócio e marido, Harry Leukert. O New York Times descreveu-a como uma das “mais influentes e modernas marcas minimalistas de Londres”. Muir preferia ser chamada de “dressmaker” (costureira), e afirmava odiar a palavra criativo. “Vejo-me como uma técnica”, dizia.

A costureira foi uma radical na área de negócios. Enquanto as grandes marcas fazem roupa para vender lenços, óculos e perfumes, Muir nunca quis investir em linhas de produtos que não fossem roupa, para não prejudicar os especialistas no assunto. “As pessoas devem decidir o que querem da vida”, dizia, explicando que nunca ambicionou possuir um império de moda.

As suas crenças eram bastante fortes. “O artesanato é totalmente necessário não só do ponto-de-vista estético. Em tempos difíceis para a economia, os produtos que possuírem mais essência de artesanato e qualidade são os que sofrerão menos. Então artesanato é um meio de sobrevivência”.

O resultado de tudo isso eram vestidos que não chamavam a atenção por serem inovadores, mas por serem impecáveis. O respeito pela disciplina e pela técnica e a atenção quase geométrica dada à proporção resultavam em peças refinadas, fluidas, elegantes e femininas. Muir abolia quaisquer folhos e enfeites extras por considerar o excesso “desconfortável”. Geralmente usava o mesmo tipo de material (jersey, camurça, lã de carneiro, caxemira e crepe de lã) e as mesmas cores (o seu estimado azul marinho e o preto, combinados com outras) em todas as colecções. A criadora desenhava tudo o que a marca lançava e não havia detalhe, fosse uma estampagem, um botão ou uma costura, que ela não decidisse pessoalmente.

Jean Muir morreu em 1995, vítima de cancro. Em 2005, Harry Leukert, seu marido, doou algumas das suas criações a museus nacionais da Escócia.

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