COLEÇÃO OUTONO/INVERNO 14/15
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Daily ModaLisboa - Ao longo dos anos, o que mais mudou na forma como os portugueses se relacionam com a moda?
Alexandra Moura - Penso que o que mais mudou foi precisamente o acesso à informação e à propagação rápida dessa informação. As revistas online, os desfiles em tempo real, os sites com a saída automática de todas as coleções, as redes sociais etc tudo isto passou a existir nas nossas vidas, o que faz com que se tenha uma rápida perceção do que está e virá acontecer.
- Na sua opinião, a Moda vê-se, sente-se ou vive-se?
As 3, sem dúvida alguma! Para mim a moda tem um impacto visual que cria uma sensação e quando encarnada ganha vida! Por isto não consigo abdicar de nenhum dos sentidos!
- Quais são para si as fontes ilimitadas de inspiração?
A própria vida. Porque a vida contém tudo, contém a sabedoria, as imagens, as pessoas etc. É neste todo que a inspiração surge sem limites.
- Existem lugares que potenciam a criação? Quais são os seus “refúgios”?
O meu maior refúgio é a minha cabeça, a minha imaginação, a minha necessidade de criar universo dentro de mim, o meu Eu. Podem existir lugares físicos que me relaxem ou me estimulem...mas sem dúvida que em nenhum lugar desses eu estaria bem se não tivesse “ali à mão” o meu refúgio.
- Qual o maior sonho que gostaria de alcançar a nível profissional?
Não lhe chamaria sonhos, mas metas/objetivos. Algumas dessas são sem dúvida uma consolidação da internacionalização da marca.
- O que a inspirou nesta estação?
Para esta coleção, a minha inspiração percorreu um longo caminho entre a tribo de Handramaut, no Yémen, e a obra do artista plástico Pires Vieira. Durante esta caminhada surgem as“bruxas de Hadramaut”, com uma estética deslumbrante e conceptual, sob um terreno inóspito onde a pastorícia e agricultura fazem parte de um dia a dia que se veste de negro da cabeça aos pés. Os seus chapéus cónicos sugerem uma imagem mística que nos transporta para outros mundos de elevados seres. É neste caminho elevado que a obra de Pires Vieira vem enaltecer e glorificar o sentido desta história. Os quadros sugerem o peso e o grafismo, a cor, a geometria e a sensibilidade certa. Uma fusão perfeita. No conceito desta coleção o masculino e o feminino fundem-se. A aproximação de ambos os sexos revelam uma nova aventura neste contexto e nesta temática. Uma coleção com uma silhueta forte onde o preto, o cinza e o azul índigo imperam tanto na obra como no lugar perdido da Terra mágica de Sheba.
- Quais as suas propostas para o outono/inverno 14/15?
Para esta estação, a silhueta alargou, tornou-se mais escorrida e mais coberta. A marcação das cinturas, comunicam a silhueta de Hadramaut. Os motivos da obra de Pires Vieira trazem uma nova linguagem à silhueta. Os detalhes mais clássicos misturam-se com os mais sport que se tornam, aqui, fundamentais para toda a imagem, trazendo à coleção uma linguagem sofisticada, urbana e muito contemporânea. As matérias primas utilizadas vão desde o algodão, lã, caxemira, jersey, felpa até á microfibra. Por sua vez a paleta de cores nesta estação vai escurecer. A viagem será feita desde os pretos, cinzas, azul índigo até encontrarmos um apontamento de bege.
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