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quinta-feira, 10 de julho de 2008

70º ANIVERSÁRIO GUCCI EM ROMA


A marca Gucci apresentou no passado dia 8 de Julho a sua colecção Cruise 2009. Pela primeira vez desde 2005 – quando a apresentação desta colecção se transformou num showcase - a casa italiana elegeu a cidade de Roma para realizar o desfile, ao invés de Nova Iorque, com o intuito de comemorar o 70º aniversário da abertura da sua primeira loja na capital italiana.

Passaram 7 décadas desde que o império criado pelo artesão Guccio Gucci, que hoje inclui também grandes marcas como Yves Saint Laurent, Stella McCartney ou Balenciaga, abriu a sua primeira loja na exclusiva Via Condotti. Desde então, vários criativos passaram pela direcção artística da casa, incluindo Tom Ford, Alessandra Facchinetti e agora Frida Giannini.

Frida Giannini escolheu a sua cidade natal para apresentar a colecção Cruise 2009. A passerelle foi montada na Villa Aurélia, uma magnífica vila do século XVII, sobre a colina do Gianicolo, em Roma. A colecção propõe uma multiplicidade de vestidos delicados inspirados na década de 1970, bordados com pérolas coloridas, assim como blusas folgadas estampadas com motivos sofisticados. A estas peças femininas juntam-se sumptuosas jóias e elementos mais masculinos, como calças e blazers. Algumas destas criações estarão exclusivamente à venda na renovada loja da Via Condotti, que foi sempre um destino de eleição para compras de luxo na capital italiana.






A HISTÓRIA DA LUXUOSA CASA ITALIANA

Como outras grandes casas de moda, Gucci começou como um pequeno negócio familiar. Guccio Gucci, filho de um comerciante italiano, abriu uma loja de selas e artigos de pele em Florença e começou a construir uma reputação de qualidade, contratando os melhores artesãos para trabalhar no seu atelier. Em 1938, inaugurou a sua primeira loja na Via Condotti, em Roma, e começou a desenhar alguns dos mais notáveis produtos da empresa. Em 1947, lançou a mala de mão com pegas de bambu, que continua a ser um dos ícones da marca, e durante a década de 1950 desenvolveu a famosa tela Gucci, inspirada numa sela, assim como o moccasin em camurça.

Guccio Gucci tinha seis filhos, mas apenas quatro – Vasco, Aldo, Ugo e Rodolfo – desempenharam papéis relevantes na empresa. Após a morte do pai, em 1953, Aldo investiu na projecção da Gucci a nível internacional, inaugurando as primeiras lojas em Londres, Paris e Nova Iorque. No final dos anos 60, a marca expandiu-se para o Extremo Oriente, abrindo lojas em Hong Kong e Tóquio. Na mesma altura, a empresa desenvolveu o seu famoso logo “GG” (as iniciais de Guccio Gucci), o lenço em seda Flora (muito usado pela actriz Grace Kelly) e a mala de ombro Jackie, celebrizada por Jackie Kennedy.

Gucci preservou a sua posição de culto até ao final dos anos 70, quando uma série de divergências familiares e negócios desastrosos quase levaram a empresa à falência. Em 1979, Aldo Gucci desenvolveu a colecção de acessórios GAC (Gucci Accessories Collection), que incluía bolsas de cosméticos, isqueiros e canetas, cujos preços eram consideravelmente inferiores aos de outros artigos do catálogo de acessórios da empresa. A nova colecção foi bem recebida, mas provou ser a força destabilizadora que debilitou a Gucci. Com o êxito de vendas da GAC, a marca Gucci passou a estar disponível em cerca de mil lojas nos Estados Unidos, deteriorando a sua imagem de exclusividade junto dos consumidores mais distintos. A revista Vanity Fair publicou na altura: “Gucci esteve no auge da elegância, graças a ícones como Audrey Hepburn, Grace Kelly e Jacqueline Onassis. Mas nos anos 80, a marca perdeu o seu encanto, tornando-se numa desleixada marca de aeroporto”.

Rapidamente, os contrafactores destruíram a sumptuosidade da Gucci, ao inundar o mercado com cópias baratas dos seus acessórios, desonrando ainda mais o seu nome. A marca italiana só recuperou o brilho nos anos 90, quando Tom Ford assumiu a direcção criativa. O famoso designer transformou a exânime marca de acessórios num dos mais conceituados grupos de artigos de luxo do mundo. As suas criações imprimiram elegância e glamour à Gucci e o logótipo "GG" tornou-se num verdadeiro símbolo de distinção e requinte. Tom Ford deixou a Gucci em Março de 2003 e assumiu uma marca própria.

Gucci juntou-se ao grupo francês PPR e é hoje o segundo maior grupo de artigos de luxo do mundo, detendo dez das mais prestigiadas marcas de moda internacionais: Gucci, Alexander McQueen, Balenciaga, Bédat & Co, Bottega Veneta, Boucheron, Sérgio Rossi, Stella McCartney, YSL Beauté e Yves Saint Laurent. Recordista mundial de vendas em Itália, a marca Gucci opera cerca de 425 lojas em todo o mundo.

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