Inovação, rigor, qualidade e humor caracterizam as suas colecções de pronto a vestir ou demi-couture, recentemente alargadas ao universo masculino.
A dupla de criadores iniciou a sua etiqueta em 1984, tendo colaborado com algumas marcas masculinas para os mercados nacional e internacional. Desenharam os uniformes para a VODAFONE e criaram o novo visual dos funcionários da Fundação Calouste Gulbenkian.
O seu percurso levou-os a apresentar a sua colecção, para além dos desfiles regulares na MODALISBOA, em Barcelona (Salão GAUDI), Dusseldorf (IGEDO), Londres (Tradição e Qualidade-Icep) e Nova Iorque (Portugal Fashion).
A dupla de criadores iniciou a sua etiqueta em 1984, tendo colaborado com algumas marcas masculinas para os mercados nacional e internacional. Desenharam os uniformes para a VODAFONE e criaram o novo visual dos funcionários da Fundação Calouste Gulbenkian.
O seu percurso levou-os a apresentar a sua colecção, para além dos desfiles regulares na MODALISBOA, em Barcelona (Salão GAUDI), Dusseldorf (IGEDO), Londres (Tradição e Qualidade-Icep) e Nova Iorque (Portugal Fashion).
ModaLisboa - O que pensa ser fundamental na formação de um designer de moda?
José Manuel Gonçalves - Estudo e curiosidade são as duas características principais. Estudar, obviamente, aprender a técnica e a não técnica, acho fundamental e hoje em dia é imprescindível para tudo. Depois, muita curiosidade. Tem de haver aquele gene que leva a que qualquer coisa seja diferente.
ML - Como é que as suas próprias experiências afectam o seu trabalho como designer?
JMG - As minhas experiências afectam-me imenso e nem consigo pensar nisso de outra maneira. Aquilo que me toca, aquilo que me emociona, o que me chateia, o que me zanga faz parte do circuito de construção deste universo que é o meu. Até as próprias cores, acho que é tudo extremamente emocional. Acredito que há sempre uma componente técnica muito importante, agora o resto é trabalhar com as emoções e as intuições que se têm sobre as coisas. Se não transbordássemos isso nas colecções, estas seriam uma monotonia. Ou se é um excelente técnico, e eu aceito isso, como é óbvio, mas acho que é essencial “sair do chão”.
ML - O que privilegiam numa colecção:
- O processo criativo ou o produto final?
JMG – As duas coisas. Não se separa uma coisa da outra. Aliás, eu diria que há 3. Há o processo criativo, há o processo técnico ou de construção, e depois o produto final. Tem que estar os 3, há uma fase em que cada um tem o seu papel, mas nunca ponho um à frente do outro. O processo criativo é, obviamente, extremamente importante, longe de mim dizer o contrário, mas acho que os outros são igualmente essenciais. Acho que isso é o luxo de hoje em dia, sobretudo eu que trabalho mais para essa área de mercado. Actualmente, o luxo não passa tanto por ter dourados ou ter diamantes, acho que temos que ter bons materiais e ter também a noção exacta de que as coisas têm que ter qualidade. A partir daí o luxo pode ser qualquer coisa que se vai definindo de colecção em colecção, mas acho muito importante a compilação desses três processos.
- Padrão ou Forma?
JMG – Forma
- Cor ou Textura?
JMG – Textura
- Verão ou Inverno?
JMG - Inverno
ML - Quais são as vossas propostas para o Inverno 2011?
JMG – Nesta colecção, tentámos trabalhar as texturas, os materiais, a cor, o charme dos metalizados, que eu adoro, e ao mesmo tempo acentuar também um misto de visual. Ir buscar qualquer coisa ao “Blade Runner” e imaginar uma viagem a Xangai. Não sei contar exactamente a História da colecção, porque odeio histórias sobre colecções mas há tópicos dos quais gosto. Sei que vi o “Blade Runner” várias vezes e que me apeteceu voltar ali e exemplo disso são os cabelos. De resto, sinto que tenho sempre a obrigação de fazer roupa muito bonita, que tenha uma percentagem de 80% comercial, que se venda, e que de alguma forma reflicta o nosso esforço no processo de construção, para que as pessoas percebam que não é só fazer vestidos, há pinças, há cortes, há quimonos.
José Manuel Gonçalves - Estudo e curiosidade são as duas características principais. Estudar, obviamente, aprender a técnica e a não técnica, acho fundamental e hoje em dia é imprescindível para tudo. Depois, muita curiosidade. Tem de haver aquele gene que leva a que qualquer coisa seja diferente.
ML - Como é que as suas próprias experiências afectam o seu trabalho como designer?
JMG - As minhas experiências afectam-me imenso e nem consigo pensar nisso de outra maneira. Aquilo que me toca, aquilo que me emociona, o que me chateia, o que me zanga faz parte do circuito de construção deste universo que é o meu. Até as próprias cores, acho que é tudo extremamente emocional. Acredito que há sempre uma componente técnica muito importante, agora o resto é trabalhar com as emoções e as intuições que se têm sobre as coisas. Se não transbordássemos isso nas colecções, estas seriam uma monotonia. Ou se é um excelente técnico, e eu aceito isso, como é óbvio, mas acho que é essencial “sair do chão”.
ML - O que privilegiam numa colecção:
- O processo criativo ou o produto final?
JMG – As duas coisas. Não se separa uma coisa da outra. Aliás, eu diria que há 3. Há o processo criativo, há o processo técnico ou de construção, e depois o produto final. Tem que estar os 3, há uma fase em que cada um tem o seu papel, mas nunca ponho um à frente do outro. O processo criativo é, obviamente, extremamente importante, longe de mim dizer o contrário, mas acho que os outros são igualmente essenciais. Acho que isso é o luxo de hoje em dia, sobretudo eu que trabalho mais para essa área de mercado. Actualmente, o luxo não passa tanto por ter dourados ou ter diamantes, acho que temos que ter bons materiais e ter também a noção exacta de que as coisas têm que ter qualidade. A partir daí o luxo pode ser qualquer coisa que se vai definindo de colecção em colecção, mas acho muito importante a compilação desses três processos.
- Padrão ou Forma?
JMG – Forma
- Cor ou Textura?
JMG – Textura
- Verão ou Inverno?
JMG - Inverno
ML - Quais são as vossas propostas para o Inverno 2011?
JMG – Nesta colecção, tentámos trabalhar as texturas, os materiais, a cor, o charme dos metalizados, que eu adoro, e ao mesmo tempo acentuar também um misto de visual. Ir buscar qualquer coisa ao “Blade Runner” e imaginar uma viagem a Xangai. Não sei contar exactamente a História da colecção, porque odeio histórias sobre colecções mas há tópicos dos quais gosto. Sei que vi o “Blade Runner” várias vezes e que me apeteceu voltar ali e exemplo disso são os cabelos. De resto, sinto que tenho sempre a obrigação de fazer roupa muito bonita, que tenha uma percentagem de 80% comercial, que se venda, e que de alguma forma reflicta o nosso esforço no processo de construção, para que as pessoas percebam que não é só fazer vestidos, há pinças, há cortes, há quimonos.
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